terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Es ist Weihnachten!

Depois de um longo período novamente sem escrever... estou de volta! E como o período é de reflexão, vamos lá...



Este ano tivemos um natal completamente diferente de todos os outros da minha vida. Primeira grande mudança: natal no inverno. Na verdade, esta mudança não foi a mais significativa, mas é bastante interessante. Pela primeira vez os símbolos natalinos começam a fazer algum sentido para mim. Papai Noel com roupa de frio, pinheiro de natal, muitas velas, renas, neve...

Apesar de os símbolos fazerem mais sentido, falta a alegria que o verão traz às pessoas. No inverno todos ficam mais recolhidos, mais contidos. Não sei, pode ser também uma questão cultural, e não somente de clima. Mas não consegui perceber por aqui aquela hospitalidade e generosidade de felicitar o vizinho, o caixa do supermercado ou até mesmo um estranho que passa na rua.


Tava frio... Mas pelo menos acima de zero!

A segunda grande mudança foi: o que fazer no natal. Toda minha vida meu natal foi sempre igual, independente da minha vontade: meia noite com a minha mãe (independente de onde fosse) e o dia com o meu pai (em Charqueadas, só pra variar). Sempre!!! Aqui essa regra não existia. O que foi bom, pois decidimos por conta própria o que fazer e meio aterrorizante no início, pois não teriamos uma ceia, com peru, farofa, arroz a grega... essas comidinhas típicas de natal.

Começamos a buscar na internet alternativas para o natal e encontramos Praga, capital da República Tcheca, também conhecida como a Pérola do Oriente. E foi uma excelente escolha! Eu não podia imaginar que a cidade estaria tão cheia de turistas e tão movimentada nessa data. Principalmente o comércio, pois acho que já me acostumei com os enxutos horários de compras por aqui. Supermercados e lojas costuma ficar abertos até as 20hs e domingos e feriados nem sinal de vida!

Por muitos anos a cidade permaneceu um lugar pouco visitado, pois a República Tcheca fazia parte do bloco comunista, liderado pela União Soviética. Ou seja, um local pouco receptivo e atrativo ao turismo. Com a queda do comunismo, a coisa mudou e hoje Praga é apreciada por milhares turistas todos os anos.

Chegamos no hotel na véspera de natal, sem nada programado para o que faríamos a meia noite. Então decidimos simplesmente pegar um mapa e sair, sem compromisso, apenas seguindo o "fluxo". Pegamos o metrô e decemos no centro da cidade, que não era muito longe do hotel, apenas 3 estações. Logo em seguida encontramos o centro da cidade velha, onde estava montada uma grande árvore de natal e um presépio. as pessoas chegavam a fazer fila para tirar fotos com o presépio!

Praça da Cidade Velha na Véspera de Natal

Antigamente a função desta praça era de mercado da cidade e hoje é possível encontrar muitos restaurantes, cafés e alguns dos pontos turísticos importantes como o relógio astrológico, a antiga prefeitura, a Catedral de Nossa Senhora de Týn e a Igreja de São Nicolau. Tudo é tão pertinho nessa cidade que às vezes se tem a impressão de não ter visto tudo e que, pelo mapa, as coisas estão muito mais longes.

No dia seguinte fizemos um city tur de ônibus e com áudio, para conhecermos um pouquinho da cidade. Além disso, fomos ao castelo de Praga, que está do outro lado do rio Vltava, que é imenso, parece até uma pequena vila. Ao contrário do que se pensa, o castelo são pérdios em diferentes estilos e que hoje abrigam muitos museus, com os mais variados temas. Até um museu do briquendo com exposição da Barbie nós encontramos. É dentro do castelo que está localizada a Catedral de São Vito. Por estar localizado no alto de uma colina, a vista é espetacular.

Vista do Castelo de Praga, lá em cima da colina...

Uma das obras que mais me surpreendeu foi a casa torta, uma obra do arquiteto Frank Gehry. A casa levou anos para ser projetada e executada, pois foi toda feita por encomenda, cada andar. Imagina o quanto não se gastou. Além disso, existe uma estrutura em vidro evocando a silhueta dançante de um casal.

A Casa que Dança - Pena que estava fechada...

A cidade é realmente maravilhosa e possui encantos em cada esquina. Os pontos turísticos mais importantes, além dos mencionados acima são: a Torre da Pólvora, a ponte Carlos, o bairro Judeu e muitos e muitos jardins. Por essa razão queremos voltar no verão. De acordo com o audio guide as tulipas foram cultivadas primeiro aqui, antes de serem exportadas para a Holanda.

domingo, 6 de setembro de 2009

Voltando em grande estilo! - Parte I

Pois bem, depois de algum tempo sumida, retorno em grande estilo!
Para quem não sabe, dia 29 de agosto foi meu aniversário. A idade não vem ao caso, pois depois dos 25 o melhor que se tem a fazer é comemorar, sem pensar muito nos "anos de vida".
Além de ser o meu primeiro aniversário longe da família, foi também o primeiro comemorado no verão. Eu, que desde pequena quis uma festa de aniversário na piscina, finalmente poderia ter realizado o meu sonho.
Não foi exatamente na piscina que comemorei meu aniversário, mas em uma cidade junto ao mar: BARCELONA. Escrita em letra maiúscula para fazer jus a grandiosidade da cidade, do evento (modéstia pouca é bobagem) e dos dias maravilhosos que passamos lá.

Com um final de semana prolongado, passamos 4 dias na cidade de Gaudí, onde visitamos verdadeiras obras de arte da arquitetura.
Embarcamos sexta (28.08) pela manhã cedinho para Girona, cidade à aproximadamente 70 min. de Barcelona. O restinho da manhã que nos sobrou, com um mapa em mãos, começamos a traçar nosso plano de visitas. A tarde caminhamos pela Cidade Velha, Las Ramblas, chegamos até o Mirador de Colombo e descansamos um pouco em um shopping a beira mar. Depois fizemos uma bela caminhada pela praia. Bela pelo menos pra mim, que não vejo nem sinal de praia faz um bom tempo.... Para quem mora lá, as praias de Barcelona não são nem boas nem bonitas! Além disso, ficamos sabendo que tratam-se de praias artificiais, onde a faixa de areia foi extendida para acomodar os banhistas. Foi construido também um imenso calçadão, onde é possível andar de bicicleta, roller, skate ou apenas sentar para um pequena pausa. A noite encontramos um amigo do Ricardo que está morando lá há 2 anos. Ou seja, fazia 2 anos que eles não se viam!
Prainha... bem ruim!
No segundo dia a programação foi: conhecer ao vivo e a cores as obras do Gaudí. É fantástico poder visitar os locais que muito eu havia visto apenas em livros na faculdade. Fomos primeiro a Sagrada Família, também local onde ele morreu atropelado por um bonde, em frente à obra. Resultado, até hoje o projeto está inacabado e já sofreu intervenção de outros arquitetos... Tadinho, deve ter se revirado no túmulo quando isso aconteceu!

Sagrada Familia - até hoje inacabada

Depois caminhamos até a La Pedrera, um edifício de apartamentos, onde existe um museu que conta um pouco da história deste artista, um apartamento mobiliado conforme a época e um terraço, que é fenomenal.

La Pedrera - o terraço é maravilhoso!

Seguimos então para a Casa Batlló. Essa realmente é incrível, por dentro e por fora. Quem já assistiu ao Castelo Ratimbum (programa infantil da TVE), vai entender de onde veio a inspiração do cenário. O projeto não tem explicação, de tão inusitado. Só realmente estando lá para entender a sensação...



Fachada da Casa Batlló

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Satisfação

Pois é, faz tempo que não escrevo nada. Mas é que realmente este novo curso está tirando grande parte do meu tempo livre... Tem prova, muita tarefa de casa, ou seja, tem que estudar.
E também estamos no verão, época de aproveitar para fazer atividades externas, pois esse calorzinho acaba rápido. Não dá nem tempo de enjoar!!!
Em breve escrevo sobre nossas últimas aventuras!

quinta-feira, 23 de julho de 2009

O fim das picadas

Há algumas semanas tinhamos notado o constante aparecimento de "abelhas" aqui na cozinha de casa. Cada dia surgia uma, mesmo que não abríssemos as janelas. Então o fato começou a se tornar mais constante e achávamos pela casa algumas mortas, pois não coseguiam voar para a rua. Percebemos que havia um ninho, ao lado da janela. Não estávamos dando muita importância para isso, apesar do número e da frequência do aparecimento estar sempre aumentado.

Até o dia em que fui picada por uma delas. A partir deste dia decidimos que falaríamos com os proprietários para que eles resolvessem o problema. No dia seguinte ao da picada, estava assistindo tv e qual não foi a minha surpresa ao descobrir que os tais bichinhos não eram abelhas, mas sim vespas. Pelo pouco que eu entendi da reportagem (mas ao menos entendi um pouco!) e pesquisando na internet, este é um problema frequênte aqui na Alemanha no verão.

Falamos com os proprietários no sábado e na terça-feira já veio um profisional para resolver o problema. Por alguns dias elas não aparecera, pelo menos não vivas. Mas agora elas estão de volta, meio tontas, mas de volta.
Estamos aguardando uma nova visita do dedetizador para enfim podermos abrir as janelas!!!

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Sushi!!!!

Pra quem pensa que a Alemanha é o país só da batata e da carne de porco, muito se engana... Existem muitos resutarantes de culinária internacional, principalmente em Heidelberg. Tirando os "Donner Kebab", que são uma espécie de fast food de comida turca, com cheiro e sabor enjoativo.
Mas eu tava mesmo era sentindo falta de um sushi. Hoje o marido resolveu fazer um agrado, mesmo ele não comendo nem sob tortura, e fomos comer sushi em um restaurante japonês de verdade, com todos os atendentes de olhinhos puxados.
Hummmmmm... Uma delícia!!!

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Curso novo!

Esta semana começaram minhas aulas em um outro curso de alemão. E as expectativas são as melhores possíveis!

Estava fazendo o curso na Volkshochschule, que é uma espécie de "escola do povo". Esta instituição existe em toda a Alemanha e oferece diversos tipos de cursos (diversos mesmo!) a preços bastante acessíveis. São cursos de língua, de informática, de culinária, de desenho, e assim por diante.

Entrei nesta escola por diversos motivos: o preço realmente é o mais barato de todos os outros e é a mais conhecida, portanto a mais indicada. No início, sem conhecer quase nada da língua, é difícil avaliar se a escola é boa ou não. Mas com o tempo comecei a perceber alguns pontos negativos, principalmente em relação ao livro utilizado.

Conhecendo um pouco mais da língua e da cidade, comecei a procurar outras alternativas de curso. Também acabamos descobrindo que, para as pessoas que tem um visto de permanência por um longo período aqui na Alemanha, poderíamos solicitar ao governo o "Curso de Integração", um curso de língua alemã, que deve ser concluido em um tempo determinado (máx. 2 anos) e que custa menos da metade do curso oferecido pela Volkshochschule. Com a vantagem de existirem várias instituições conveniadas.

Com isso, acabei achando esta escola, com turmas menores. Além disso, meus colegas são, em sua maioria, jovens com o objetivo de entrar na universidade e/ou de trabalhar na sua área. Ou seja, objetivos semelhantes aos meus.... Estou achando tudo ótimo, pelo menos até agora!

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Peter&Paul

Peter&Paul é uma festa medieval que acontece todos os anos em Bretten, cidade onde a Marilene mora. São 4 dias de festa (de sexta à segunda), onde os costumes e trajes da época parecem fazer parte do cotidiano daquelas pessoas. A festa acontece no centro da cidade, com suas construções no verdadeiro estilo alemão, o que faz com que tudo pareça ainda mais real. A sensação é a de que estamos dentro de um filme de época!

Centro da cidade... Vai dizer que não parece um filme?!


É muito engraçado. Até as crianças são caracterizadas. Existem grupos que acampam no local da festa, literalmente. Mas não com barracas atuais, isso seria muito fácil. São montadas barracas de lona, a comida é feita na fogueira e o mobiliário é todo de madeira... deve dar um trabalhão! Tem até um lugar com tinas para que as pessoas tomem banho como naquela época. Achei um pouco de exagero, duvido que troquem a água da tina após cada banho... eca!


Coisa mais amor!!!

A festa em si é meio parada, as pessoas bebem, comem e caminham. E como comem, bebem e caminham! Existe também atrações especiais, alguns grupos de danças e grupos de música se apresentam, a representação da batalha de retomada da cidade (não sei muito bem a história) e desfiles. No sábado a noite houve a queima de fogos. Fomos assistir no jardim do cemitério... dizem ser o melhor lugar.


E como bebem!!! Atenção aos canecos praticamente vazios... tsc, tsc, tsc.

Quem tiver interesse pode dar uma olhadinha no site: http://www.peter-und-paul.de/ . É todo em alemão, mas tem umas fotos da festa que dá pra ter uma idéia de como o povo da cidade realmente se mobiliza para o evento.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Um rosto familiar

Neste último final de semana tivemos a primeira visita de família. Meu irmão, que estava em viagem de trabalho, conseguiu dar uma passadinha por aqui para conhecer e "quebrar" as interminávei horas de volta de um vôo da Índia para os Estado Unidos.
Foi um final de semana bastante agitado e proveitoso. Fomos buscá-los (ele veio acompanhado de um colega de trabalho) no aeroporto no sábado pela manhã cedinho, o voo chegava às 7hs da manhã e Frankfurt fica a pouco mais de 1h daqui. Passsamos o dia em Frankfurt. Foi muito legal, caminhamos muiiiiiito. Nós que moramos aqui ao lado não conheciamos a cidade ainda.

Visitamos alguns pontos turísticos importantes como o Museu e Casa do Goethe, a Catedral, o Römerberg, a Paulskirche e a Main Tower.

A casa do Goethe é muito interessante pois está mobiliada conforme a época. É bem interessante ver como o estilo de via muda ao longo dos anos. São quatro andares, os ambientes por andar são todos setorizados, ou seja, não há integração: sala de jantar, estar e cozinha, por exemplo. Também não existe banheiro dentro da casa. O que mostra como as instalações sanitárias evoluiram...rsssss

A Main Tower também é super bacana, por é possível ver toda. É uma espécie de Empire State Building de Frankfurt, mas beeeeem menos movimentado.

No domingo todos aproveitamos para dormir um pouquinho mais e fomos visitar Heidelberg. O castelo é parada obrigatória para qualquer visitante, não tem jeito. Depois caminhamos pela cidade velha e almoçamos por lá. Com todas as direnças de fuso e ainda com o jogo do Brasil às 20:30 (horário local), acabamos caminhando mais um tanto e voltamos para casa para assistir o jogo.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

A verdadeira educação alemã

Com o tempo a gente vai descobrindo que nem tudo aqui trata-se de diferença cultural ou de consciência social. É mais uma questão de fiscalização e punição, mesmo.

Vamos aos exemplos. Inicialmente fiquei bastante impressionada com o fato das pessoas realmente esperarem o sinal verde de pedestres para atravessar a rua, mesmo não tendo nenhum carro a vista. Na realidade, quem for pego por um policial atravessando a rua no sinal vermelho recebe uma multa bastante alta (ouvi falar em €60,00). O mesmo vale para as bicicletas, que devem obedecer ou a sinalização própria para elas, quando existente, ou a sinalização dos veículos, quando estão circulando junto a eles.

O mito de que os alemães são educados foi por água abaixo. O órgão mais sensível no ser humano de qualquer parte do mundo é, realmente, o bolso!

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Geléia de Cereja

Semana passada ganhamos uma enorme cesta de cerejas da Ana, uma amiga do curso de alemão. Cerejas lindinhas e sem agrotóxico. Uma delícia! Eram duas qualidades de frutas, as cerejas vermelhinhas grandes, e aquelas mais escurinhas bem pequenas.

Comemos cereja até não aguentar mais, até que as frutas começaram a estragar.

Resolvi então fazer uma geléia que, por sinal, ficou uma delícia. Assim evitei o desperdício e ainda por cima comeremos uma geléia deliciosa e sem conservantes. Pra quem quiser tentar, segue a receita:

GELÉIA DE CEREJA

Ingredientes:


- 1 1/2 xícara de cerejas frescas sem caroço e picadas grosseiramente
- 1 1/2 xícara de açúcar comum
- 1/2 maçã pequena sem casca ralada (a maçã tem pectina e dá corpo ao doce)
- sumo de 1/2 limão

Como fazer:

1. Numa panela, leve todos os ingredientes juntos ao fogo baixo, tomando muito cuidado para não deixar ferver vigorosamente.
2. Em fogo muito baixo, então, deixe a geléia tomar corpo.
3. O ponto da geléia não sei ao certo precisar. Mas quando passar uma colher de silicone no fundo da panela e a estiver em ponto de calda, pode desligar o fogo. É melhor que ela fique mais líquida, que é só deixar mais tempo depois, do que dura demais, que não tem solução (pelo menos que eu saiba). Somente depois de fria é que dá pra saber como ficou realmente.
4. Após arrefecer, guarde na geladeira em pote fechado. Ficou deliciosa no pão e também dizem que é uma boa misturar com iogurte natural.

Vale a pena!

terça-feira, 2 de junho de 2009

Amsterdam

Sem dúvida a cidade mais legal de todas que conheci até agora! Claro que Paris é linda, mágica e todos os outros adjetivos dados a ela, mas a quantidade de turista torna todas as visitas tão penosas que acaba perdendo um pouco o encanto, sabe?! Seria mais ou menos assim: Paris e New York para visitar, Amsterdam para morar.

Logo do cartão que compramos e marco turístico da cidade

Foi a primeira "grande" cidade que visitamos em que é possível conhecer todo o centro apenas caminhando. Quando nos damos contas, chegamos nos lugares programados sem nem cansar. Além disso, a cidade é plana, o que facilita bastante. Amsterdam é também uma cidade de vanguarda: foi a primeira a legalizar a prostituição, o casamento gay, a eutanásia e o uso de drogas leves, que falarei mais adiante.

A escala da cidade a torna aconchegante. São prédios baixos, com ruas estreitas mas com um canal no meio, o que a torna ampla e iluminada. Em praticamente todas as ruas existe um movimento enorme de bicicletas, acho que lá elas são mais perigosas que os carros. tinha inclusive um estacionamento só para bicicletas com três andares. O difícil deve ser tirar a bicicleta de lá... rssss.

Quantidade de bicicletas perto da estação central, quero ver achar depois...

Um pouquinho de história. A cidade se desenvolveu a partir de um povoado de pescadores. Passou por diversas guerras, entre elas a guerra com Filipe II da Espanha, que durou cerca de 80 anos. Após o término deste conflito, o país ganhou fama por sua tolerância e respeito com diversas religiões, e acabou servindo como refúgio para judeus, comerciantes e huguenotes. devido ao excelente desenvolvimento de seu porto, a cidade foi tornando-se muito rica e mundialmente conhecida. Foi em Amsterdam que surgiu a primeira bolsa de valores a funcionar diariamente. Com isso a cidade tornou-se um importante centro financeiro. Com as guerras napoleônicas, a fortuna de Amsterdam foi arrebatada e a situação do pais melhorou somente após com a criação do Reino dos Paises Baixos. O século XIX, foi de grande desenvolvimento do país, com construção novos canais, uma estação de trem e museus. Na I Guerra Mundial, a cidade conseguiu permanecer neutra, mas na II Guerra o pais foi invadido pelos alemães, que instalaram um governo civil nazista e perseguiam todos os judeus e simpatizantes. Uma história famosa que se passa na cidade é a de Anne Frank, a garotinha que morou anos no porão de uma casa, junto sua família, para se esconder dos nazistas.


Fachada de uma rua, com prédinho torto por causa das fundações, ou melhor, por culpa do engenheiro, como sempre!!!


Novamente compramos um daqueles passes que dá direito a entrar em vários museus e andar de ônibus, de trem, etc, por 24 hs. Mas desta vez não valeu a pena. Primeiro porque não há a menor necessidade de circular pela cidade de ônibus. É perfeitamente possível conhecer tudo caminhando, ainda mais nesta época do ano que anoitece depois das 22hs e a temperatura é ótima. Segundo porque os museus mais importantes como o de Van Gogh, a casa da Anne Frank e a Casa de Rembrandt não faziam parte do pacote (o museu do Van Gogh e a Casa de Rembrandt estavam com uma exposição especial, portanto deveriamos pagar, além do valor do passe, uma complementação). Além disso, muitas das atrações que estavam sendo apontadas como parte integrante do pacote, eram gratuitas ou estavam fechadas, o que foi bastante frustrante. Mas não estragou nosso passeio, pois ainda tinha muito o que conhecer!

Visitamos outros museus, como o Rijksmuseum, que possui muitas peças interressantes dos "Anos de Ouro" da Holanda, entre eles casinhas de bonecas riquíssimas em detalhes e pinturas de Vermeer e Rembrandt. Fomos ao Amsterdams Historisch Museum, que conta toda a história do crescimento e desenvolvimento de Amsterdam por quadros e objetos, tem inclusive uma pequena pintura sobre o Olinda, da época em que os holandeses colonizaram o nordeste brasileiro. Será que se eles tivesse ficado por lá as coisas hoje não estariam melhores? Vai saber...

Fomos ao museu Willet-Holthuysen, que é uma casa de uma família de posses do século XIX, onde o marido era um ávido colecionador que doou sua coleção à cidade. É bem interessante ver como viviam as familias naquela época, o porão era a área de serviços, com cozinha, dispensa, lavanderia, e os outros andares da casa possuiam aposentos como sala de jogos, sala do jardim, sala de estar, sala de jantar, além dos dormitórios, é claro. O jardim também é muito bonito.

Fizemos um passeio de barco pelos canais da cidade, o que foi realmente muito bonito!

Outra coisa muito legal que tem por lá são as casas barcos. Realmente o pessoal mora dentro de um barco. O pessoal faz até um portãozinho de acesso e um pequeno jardim no próprio barco. Dizem que para este tipo de moradia os impostos são mais baratos. Mas que são um mimo, ah isso são!!!

Casinha barco, uma amor!


Ah, e claro que não podiamos deixar de conferir o lado liberal dos holandeses. Passamos pelo "Red Light District" (ou Bairro da Luz Vermelha), onde suas ruelas estão lotadas de sex shops, bares e cinemas com shows eróticos e as famosas "vitrines", onde as prostitutas ficam trajando lingerie e salto alto. Se alguém se interessar, entra na pequena salinha envidraçada, ela fecha a cortina e faz o trabalho ali mesmo. Também fomos aos Coffeeshops, que são bares onde o consumo e a venda de drogas leves é permitido. O pessoal fica lá, tomando uma cerveja e fumando um beck. Claro que preferimos ficar só na cerveja, mas não podiamos deixar de ir lá, né?! A prostituição e o consumo de drogas leves (lê-se maconha) é permitido apenas nas áreas designadas a elas. Assim as coisas acabam áté ficando organizadas, já que quem não quer ver esse tipo de coisa basta não frequentar estes locais.

Realmente gostamos muito de Amsterdam e iremos voltar lá logo, logo. Ficou faltando muita coisa para visitar, além de ser uma cidade jovem e cheia de vida.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Obst, ou seja, frutas

Se tem uma coisa que aqui não tem como no Brasil são as frutas. Frutas de todos os tipos: ácidas, doces, mais calóricas... E isso com certeza estou sentindo bastante falta. Sinto falta de uma maçã bem docinha, de uma bergamota com muito cheiro, de uma manga bem suculenta e de uma melancia geladinha (hummmmm, só de me lembrar me dá água na boca).
Claro que aqui existem todas estas frutas que mencionei e inclusive outras, mas são importadas, caras, sem cor e nem sabor. Acho que por terem que ser transportadas, elas são colhidas antes da hora, sei lá. Aí as frutas são verdes e acabam estragando antes de amadurecer.
Tenho tentado buscar alternativas na feira que tem aqui pertinho de casa. Lá consigo encontrar frutas saborosas que são trazidas de diversas partes da Europa. Compro kiwi, geralmente da França ou da Holanda, maçã, acho que alemã, laranja da Espanha.... Enfim, vou experimentando até encontrar as que mais se parecem com as da terrinha. O preço é um pouco mais salgado que no super, mas a qualidade é maior também.
Já até tentei experimentar comprar no supermercado, mas não fui muito feliz. As mesmas frutas são mais ácidas e sem sabor. A única fruta que é possível comprar no super é a banana. Essa até vai, mas só tem de um tipo também. Nada de banana catarina, banana prata, banana caturra. Tenho que ficar feliz por existir banana!
Mas se tem uma fruta que ninguém consegue bater os alemães essa com certeza é o morango. Eu tiro meu chapéu para os morangos daqui. Em qualquer lugar que se compre são docinhos, bem vermelhinhos e, se comparados aos nossos, enormes! E nesta época do ano, são vendidos até na estrada. São colocadas umas barraquinhas ao lado das plantações e pode-se ou comprar os morangos já colhidos ou tu mesmo ir escolher, direto no pé. Ainda não tive esta experiência, mas com certeza ainda vou tentar.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Cortar o cabelo é simples

Pois é, após mais de três meses, não tinha mais como adiar. Havia chegado a hora de cortar o cabelo!
Não que eu quisesse fazer um corte muito diferente, com grandes mudanças de cor, comprimento, mas explicar para a cabelereira que eu queria cortar só as pontas em alemão, ainda é uma tarefa complicada. Não tive ainda esta matéria na escola... hehehehe
Outra coisa que me assustava bastante eram os cortes das outras pessoas. Por aqui o pessoal gosta de ser, digamos, diferente. Mas acabam ficando uns iguais aos outros, não pelo mesmo corte, mas na tentativa de chocar.
Bom, consegui ir ao cabelereiro, cortar só as pontinhas e sair sem secar o cabelo, como sempre fiz no Brasil. Minha ex-cabelereira já estava acostumada com o fato de eu não secar os cabelos, exceto no inverno. Mas aqui o pessoal achou realmente muito estranho, e a cabelereira não acreditou que eu ia sair de cabelo molhado... Fazer o que, eu detesto secador!

Ah, o verão...

Finalmente o verão chegou. E estava fazendo muita falta!
Agora senti que realmente poderei usar minhas roupas do verão brasileiro, quando elas estiverem aqui comigo, é claro.
Com a mudança do clima, mundam os ânimos também. As pessoas ficam mais dispostas a ajudar, não se importam tanto com o fato de tu estar tentando falar uma outra língua e até sacham graça, incentivando. Só para constar, me incluo no grupo de pessoas mais dispostas.
No domingo conhecemos um dos muitos lagos artificiais que existem por aqui. São lagos de onde é tirado areia e com isso o lençol freático sobe, formando o lago artificial. Não sei o nome certinho, mas trata-se de um parque, com infra-estrutura para acampamento, tanto de barracas quanto de pequenas casinhas de veraneio, ou para simplesmente se passar o dia. Pode-se fazer churrasco e lanches, como também ir ao restaurante. O local é bem bonito e o clima propício para a prática de esportes. Passamos o dia caminhando, jogando vôlei (ou melhor, tentando), passeando, comendo (claro!) e no final da tarde, um carteado.
Não tive coragem de entrar na água, primeiro porque não tinha biquini (vou ter que comprar um modelo europeu...ui!) e segundo porque a água é mujito gelada, e mesmo com o dia não foi suficiente para aquecer o lago.
Foi um dia excelente e com certeza iremos voltar lá. Afinal de contas, o verão está apenas começando!!!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

O Tempo

Certamente o tempo por aqui passa de uma maneira diferente. Os dias paressem semanas e as semanas meses. Sai do Brasil a quase três meses mas para mim parece que tanta coisa mudou e que, ao mesmo tempo, está tudo na mesma. É uma sensação difícil de explicar.
Uma vez li em um e-mail que sempre que estamos em um local novo, o cérebro precisa "ler" todas as informações a sua volta. Por isso, parece que os dias são imensos. Quando andamos em locais conhecidos, chegamos inclusive a ignorar pequenas mudanças.
É o que acontece quando aprendemos a dirigir. Parece que não iremos dar conta de fazer tudo o que é preciso: mudar de marcha, dar sinal de luz, olhar pelo retrovisor. E quando nos damos conta não lembramos mais nem se trancamos o carro, de tão corriqueiro que esse ato se tornou.
Mudar é bom, oxigena o cérebro e é estimulante. Mas a rotina é acolhedora e segura!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Castelo da Cinderela e München

Dia primeiro de maio também foi feriado por aqui, isso significa que aproveitamos o tempo para conhecer um pouco mais dessa terrinha gelada (a primavera parece não gostar muito daqui!).

Normalmente saimos com hotel marcado e com um plano sobre o que faremos, onde iremos, além de uma breve explicação sobre qual a importância daquele local. Dessa vez saimos sem roteiro. Basicamente por duas razões: a primeira é que não consegui achar nenhum hotel com vaga, e segundo porque estava literalmente de saco cheio e sem a menor vontade de marcar, pesquisar e organizar nada.
A falta de vontade de fazer qualquer coisa não tem nenhuma explicação lógica e clara, mas cheguei a conclusão que: a falta de sol + não entender o que as pessoas falam + muito tempo sozinha = SACO CHEIO! Também sei que é uma coisa passageira, e que certamente irá acontecer outras vezes. Ainda bem que o marido tem paciência para me aguentar e otimismo para dizer que as coisas tendem a melhorar.

Mas voltando ao nosso passeio. Saimos na sexta pela manhã em direção a Füssen, uma cidadezinha turística com muitas pousadas no extremo sul da Alemanha. Como a viagem demorou mais de 3 horas, sexta ficamos conhecendo a cidade, que não é muito grande. No sábado, fizemos uma visita ao castelo de Neuschwanstein, que simboliza o poder, a glória e a riqueza do antigo reino da Baviera. Este castelo inspirou o famoso palácio da bela adormecida, uma das obras mais aclamadas de Walt Disney. Na verdade, cada detalhe do castelo da história foi copiado do Neuschwanstein, que em português significa “Novo cisne de pedra'', uma homenagem do rei Ludvig II aos cavaleiros de seu reino. Quando era apenas o herdeiro do trono, por volta dos 10 anos de idade, o príncipe Ludwig foi levado pelo pai até o alto das montanhas onde o castelo se localiza e, de algum ponto, observou o penhasco e ficou fascinado. O príncipe, então, fez um juramento: ''quando eu for rei, vou construir ali um castelo." O sonho foi realizado, mas o rei Ludwig II jamais entrou no Neuschwanstein. Ele morreu afogado num lago, alguns anos antes da conclusão da obra. Realmente é um lugar encantador e com vistas deslumbrantes. O que atrapalha são os turistas.


"Castelo da Cinderela" - Vista do pé da montanha

Após a visita do castelo, fomos direto a München, que fica a mais ou menos 1 hora de Füssen. A primeira coisa que fizemos foi almoçar e, é claro, procuramos um restaurante no centro para conhecermos o máximo de coisas possível. Infelizmente estávamos sem mapa e nem roteiro neste dia, e ainda tinhamos que procurar um hotel (jornada nada fácil em um fim de semana prolongado). E ainda por cima levamos uma multa por estacionar em local proibido. O nosso consolo foi que todos os outros carros levaram multa também, inclusive os de München. Ou seja, não fomos os únicos que não entenderam a placa. Os próprios alemães não se entendem!!!


Placa de onde fomos multados! (Werktags = dias de semana )


Acabamos conseguindo lugar em um hotel próximo a München, com um preço razoável e confortável. Passamos a noite lá e no dia segunte voltamos ao centro. Encontramos um local aberto e que tinha uns mapinhas da cidade a venda. Foi a nossa salvação, pois conseguimos descobrir o que era tudo aquilo que havíamos visto no dia anterior. Claro que com o tempo que tinhamos, visitamos os locais apenas pelo lado de fora. Mas já foi super legal, pois nos deu uma idéia do que ainda teremos que visitar qualquer final de semana destes. E antes de voltarmos para casa passamos no Estádio Allianz Arena, que muito eu já tinha visto em sites e em revistas de arquitetura.



Estádio Allianz Arena - München

domingo, 26 de abril de 2009

Churrasquinho de final de semana

Há algumas semanas estavamos combinado um churrasquinho no final de semana. E finalmente rolou!!! A Marilene e o Hermann moram em uma casa com um quintal grande, conhecem os lugares onde se pode comprar uma boa carne (não igual ao Brasil, pois os cortes são diferentes, mas ainda assim muito boa) e o meu gauchinho se comprometeu em assar. A saudade de uma boa carne e de um pouquinho de diversão fizeram o resto.


O churrasco começou no final da tarde de sábado. Chegamos lá por volta das 17hs, a churrasqueira já estava acesa e a caipirinha rolando. E tava bem bom! Rolou linguicinha, asinha de galinha e um entrecôt MARAVILHOSO!!! Bebemos muita caipirinha e cerveja, e comemos carne pelos próximos 2 meses. Além das saladas, que também fazia tempo que não comia uma saladinha boa, e de sobremesa (claro que não podia faltar) banana assada com canela e sorvete de baunilha.... hummmmmmm!!!!


Como havíamos bebido, não demais, mas certamente acima do permito, ficamos na casa da Marilene, para voltarmos no dia seguinte. Afinal de contas, não é nada legal ser parado pela polícia sem saber falar o idioma e ainda ter que se explicar: de onde vem, para onde vai, quanto bebeu...


Resultado: acordamos tarde e acabou saindo mais um churrasquinho para o almoço de domingo... hehehehe. Dessa vez pegamos mais leve. Não na parte da comida, que estava igualmente deliciosa, mas nas bebidas mesmo. Voltamos para casa no meio da tarde, para deixar nossos anfitriões descansar. Aproveitamos o final da tarde para passear por Plankstadt e tomar um ou dois sorvetinhos....hehehehehe


Mas que final de semana que rendeu esse!!!

segunda-feira, 20 de abril de 2009

A vida em duas rodas...

Com a chegada da primavera e do horário de verão, os dias estão muito agradáveis. Aquela Alemanha de céu cinzento e de chuvinha fina parece que ficou no passado (pelo menos até o próximo inverno!).

Este clima, aliado a economia e a um bom exercício, acabou incentivando a compra do nosso "coche de verano" (como diria a sra. espanhola, dona do nosso apto e que mora no andar de baixo), ou seja, uma bicicleta. Os dias estão mais quentes e ensolarados, meu curso fica a aproximadamente 7 km de distância da nossa casa e o fato de eu poder comer sem culpa (hummmm.. só de pensar em todas as delícias da padaria me dá água na boca!), foram fatores que influenciaram muito na aquisição do meu novo meio de locomoção. A parte da economia também pesa bastante, pois o passe mensal que me referi anteriormente custa 82,50€. Mas é o tipo da coisa que somente é possível no verão. No inverno não tem jeito, vamos arcar com as passagens mesmo. As pessoas daqui andam de bicicleta inverno e verão, mas pra mim isso ainda não é possível.

Fomos atrás de uma loja que vendesse bicicletas usadas, pois como a idéia inicial é de permanecermos aqui por aproximadamente 1 ano, não vale a pena investirmos em uma bicicleta nova. Na venda não teriamos um bom retorno, pois quase todo mundo anda de bicicleta por aqui. Por indicação de uma colega de curso, fomos até uma loja próxima ao centro de Heidelberg, e conseguimos um modelo de 18 marchas, com as luzes instaladas (é obrigatório iluminação para uso noturno) por um valor inferior ao do passe. Ou seja, fizemos um excelente negócio!

Além disso, o ciclista aqui tem preferência. Existem muitos lugares com ciclovia, e onde não há, a bicicleta anda na estrada mesmo, e o carro que tem que ficar atrás. Por incrível que pareça, ninguém buzina. Nem mesmo os caminhões!

Vista da maior parte do caminho para o curso

E conseguimos ainda uma outra bicicleta emprestada com a Marilene e o Hermann (o casal que viajou com a gente para Paris). O que acabou garantindo um excelente passeio domingo!

terça-feira, 14 de abril de 2009

Paris, ah Paris!

Aproveitamos o feriado de páscoa, que foi de sexta a segunda, para realizar mais um sonho: conhecer Paris. A cidade é realmente maravilhosa, mas me encantou tanto quanto me decepcionou.

Me encantou por tudo aquilo que todos imaginam, existe uma magia em todos aqueles prédios antigos, em toda a história que aconteceu em cada esquina. Conhecer o significado de cada um deles, e saber que não é por acaso que estão ali é fascinante. O sistema de metrô é bastante abrangente, pode-se ir de um canto a outro da cidade pelo subsolo. Mas é também meio fedidinho, a cidade toda é bastante suja. Talvez por existirem tantas culturas diferentes convivendo juntas, talvez pela quantidade de turistas que pssam por ali diariamente. Não sei ao certo, mas em relação a limpeza a cidade deixou bastante a desejar.

O tempo de viagem foi de aproximadamente 7 horas, entao no final das contas tivemos dois dias para visitar o máximo de coisas que fosse possível. E mesmo assim estes dois dias renderam! Fomos com um casal de amigos brasileiros que já moram aqui na Alemanha a 8 anos, mas ainda não conheciam Paris muito bem. Fizemos um roteiro e conseguimos cumpri-lo a risca, e até acrescentar pontos que não estavam previstos. Foi muito legal! Como haviamos comprado um passe que nos dava direito a entrar em mais de 60 museus e andar de metrô por 2 dias, queriamos fazer valer o investimento.
Torre Eiffel

No primeiro dia visitamos 9 locais diferentes. O primeiro deles, e nem podia ser diferente, foi a Torre Eiffel. Chegamos lá bem antes do horário de abertura da torre, que é às 9:30, e já tinha uma fila bem grandinha. E ao longo do tempo ela foi só aumentando! Mas vale a pena, a vista que se tem da cidade é maravilhosa! Acabamos "perdendo" quase a manha toda na torre. Após o almoço visitamos o Museu Rodin, onde estão alocadas as obras deste famoso escultor francês. No caminho, passamos na frente do Hotel dos Invalides, que é onde está a tumba do Napoleão. Não chegamos a entrar por causa da falta de tempo mesmo. Depois saimos de lá direto para o Museu D'Orsay, o edifício era originalmente uma estação ferroviária, Gare de Orsay, construída para o Chemin de Fer de Paris à Orléans (em português, Caminho de ferro de Paris a Orleães. Foi inaugurado em 1898, a tempo da Exposição Universal de 1900. O projeto foi do arquiteto Victour Laloux. Seguimos de metrô para a Catedral de Notre-Dame, que é uma das mais antigas catedrais francesas em estilo gótico. É dedicada a Maria, Mãe de Jesus. Também estava lotado e por isso resolvemos nem entrar. Fomos então até o Instituto do Mundo Árabe, para matar uma curiosidade minha, pois é um prédio do arquiteto Jean Nouvel. Passeamos pelos Jardins de Luxemburgo, passamos pelo Panthéon e finalizamos o dia com a Torre Montparnasse.

Arco do Triunfo

No segundo dia também estava prevista uma maratona de visitas, portanto acordamos cedinho e fomos ao Arco do Triunfo, construído em comemoração às vitórias militares de Napoleão Bonaparte. Inaugurado em 1836, a monumental obra detém, gravados, os nomes de 128 batalhas e 558 generais. Caminhamos em toda Champs-Elysées, até o Jardim de Tuileries, passamos pelo Arco do Triunfo do Carrossel, chegando ao Museu do Louvre. Realmente esta é uma parada obrigatória na cidade. Nem tanto pela Mona Lisa, que é um quadro pequeneninho, cheio de gente em volta que quase nem conseguimos ver, mas pela grandiosidade das outras obras ali expostas e pelo próprio museu, que é muito bonito. Conseguimos ver também a Vênus de Milo, estátua grega que representa a Afrodite, deusa do amor e da beleza física. A tarde passamos pela Opéra Garnier, e fomos até o Centro Georges Pompidou, um complexo fundado em 1977, que abriga museu, biblioteca, teatros, entre outros equipamentos culturais. É um dos principais exemplos da arquitetura high-tech, uma tendência dos anos 70. Ao anoitecer, depois de um descanso merecido no hotel, fomos até a Basílica de Sacré-Couer, a igreja foi construida como pagamento da promessa feita por Alexandre Legentil e Hubert Rohault de Fleury caso a França sobrevivesse as investidas do exército alemão. Está construída em pedra de travertino, que constantemente dispersa cálcio, e garante a cor branca da basílica mesmo com as chuvas e a poluição. Saimos de lá já estava escuro e fomos de volta a torre, para vê-la a noite, iluminada. É uma das cenas mais linda que eu já vi!!! Fizemos um tour pelo rio Sena, e voltamos exaustos para o hotel. No outro dia teriamos uma longa jornada de volta a realidade... Valeu MUITO a pena!!!!

Torre Eiffel - noite

domingo, 5 de abril de 2009

Descobrindo a Cerveja

Eu nunca fui muito de cerveja. Sempre achei o gosto amargo e ruim, não entendia o que todo mundo via nela..


Pois bem, acabei de descobrir o valor da cerveja! Finalmente encontrei uma que agrada o meu paladar e, principalmente, o nosso bolso (sim, pois aqui um copo de 300ml de cerveja é muiiiiito mais barato que um copo de 200ml de água, pode acreditar!).


Mas voltando a minha descoberta. Na verdade foi bem por acaso, e nem foi minha. O nome da cerveja é "Radler", que significa ciclista em alemão. Trata-se de uma cerveja misturada com suco de limão na percentagem de 50-50% . Com isso, o sabor da cerveja é bem suave e com um teor alcóolico entre 2 e 4%. É bastante apreciada por aqui no verão, mas para mim é a única cerveja que me agradou até então.


A historinha sobre a invenção da bebida é a seguinte: "em Junho de 1922, Franz Xaver Kugler, o dono de um bar na Baviera, percebeu que não tinha cerveja suficiente para satisfazer os cerca de 12 mil ciclistas que esperava receber nesse dia. No entanto, se tinha pouca cerveja em estoque, o mesmo já não acontecia com a quantidade de limonada. O seu espírito de comerciante fez o resto e assim surgiu a Radler." (fonte: www.cervejasdomundo.com)

terça-feira, 31 de março de 2009

Heidelberg Zoo!

Como eu tenho um carinho todo especial por Zoológicos, não podia deixar de conhecer o de Heidelberg também. Além, é claro, de ser um passeio super divertido!

A primavera começou a dar o ar de sua graça no domingo, não pela temperatura, mas pelo dia, que começou feio, com uma chuvinha, mas logo abriu um solzinho gostoso. Nem preciso dizer que com um tempo assim o zoológico estava lotado.


Quem disse que a europa é um continente de velhos definitivamente não conheceu a Alemanha. Não sei porque razão, mas aqui os casais tem filhos muito cedo, e um atrás do outro, sempre levados em seus carrinhos com um cobertorzinho gostoso e só os olhinhos de fora. Talvez o frio os deixe mais calmos (ou os pais que dão umas palmadas), mas o fato é que não vi nenhuma criança correndo ou gritando, são todos muito comportados.



Aqui estão duas das crianças que passeavam pelo zoológico...


Bom, mas não são estes "bichinhos" a atração. O animal que mais vimos foram os macacos. Existem várias espécies, inclusive o mico-leão-dourado. Os chimpanzés sempre fazendo muita bagunça. Como ainda estava frio, eles fica detro de um espaço fechado, como um viveiro, mas com vidro para que possamos observá-los. Tinha até um macaco "auto-sustentável", se é que vocês me entendem...


Oh, vidinha mais ou menos...
(esse é o macaco auto-sustentável)

Tinham bichos de todo o mundo: cangurus, camelos, águia, zebra, leões, ursos, flamingos, corujas... Enfim, foi um passeio muito bom e que deixou nosso fim de semana com gostinho de infância!

segunda-feira, 30 de março de 2009

Horário de Verão - Será???

Neste sábado entrou o horário de verão por aqui. Horário de verão com temperatura de 10 graus!!!! Os dias ficaram mais longos, mas a temperatura continua a mesma.

Mas finalmente, após vários dias cinzentos, nublados e com aquela chuvinha de molhar bobo, a semana parece começar ensolarada! Nem é bom comentar muito....

São os ares da primavera que resolveu dar sinais de que realmente está chegando. Será??? Agora tá faltando só fazer aquele calorzinho gostoso de 18 graus.... hehehehehehe

terça-feira, 24 de março de 2009

De Ônibus na Alemanha

Pois é, mesmo aqui não consegui me livrar do meu etermo meio de locomoção: o ônibus. Mas como nem tudo é de todo ruim, andar de ônibus tem suas vantagens. A primeira delas é que acabo conhecendo muito mais coisas do que se estivesse de carro, pois sou obrigada a prestar atenção no que está a minha volta e não só que diz no GPS. A segunda é que, como ando um pouco neurótica com esse negócio de meio ambiente, o ônibus polui menos e ajuda a deixar minha consciência um pouco mais limpa também (mas que é brabo esperar o ônibus no frio, isso é!).

Vou explicar mais ou menos como funciona o transporte público por aqui. Diferente dos Estados Unidos (em Austin, mais especificamente), aqui podemos ir para qualquer lugar usando o ônibus. Além disso, os ônibus cumprem uma tabela de horários a risca e se eu me atrasar e perder o primeiro ônibus, acabo me atrasando muito.

Para mim o maior problema é que para ir ao meu curso de alemão, por exemplo, eu tenho que pegar três conduções diferentes: um ônibus de Plankstadt (minha cidade) até Eppelheim (uma das cidades vizinhas), um trem de Eppelheim até Heidelberg (outra cidade que é próxima, onde fica o meu curso) e mais um ônibus até pertinho da escola. Tudo isso para vencer aproximadamente 7km. De carro levo menos de 15 min, e de ônibus mais de 1/2 hora. Até ai tudo normal.

Agora o que é mais complicado de entender no início é o sistema de tarifas. Eu achava muito estranho quando pegava o ônibus para Schwetzingen, e pagava 1,80 euros, e quando pegava o onibus para Eppelheim, pagava 2,10 euros, sendo que é o mesmo ônibus. A única coisa que muda é a direção!!!

Depois de pesquisar um pouquinho, conversar com os colegas e algumas idas e vindas do "Kunden...alguma coisa" (central de atendimento ao cliente da empresa de ônibus), descobri finalmente como o sistema de tarifas funciona.

Existe um mapa onde estão localizadas as cidades que a empresa de transporte atua. Este mapa está dividido em colméias, segue o link com o mapa em pdf: http://www.vrn.de/fahrausweise/wabenplan/ Dependendo do número de colméias que é preciso atravessar para chegar ao destino desejado, o valor da tarifa varia. Por exemplo, eu saio de Plankstadt (colméia 124) e vou para Heidelberg (colméia 125), mas sou obrigada a passar por Eppelheim (colméia 135). Com isso, o valor da tarifa diária só para volta do curso ficaria em 3,50 euros. Entretanto, é possível comprar um passe mensal que me dá o direito de usar todas as linhas, quantas vezes eu quiser, dentro destas três colméias.

Agora vem a parte mais interessante e surpreendente do sistema de tarifas aqui na Alemanha. Não existe uma roleta, onde se é obrigado a apresentar um cartão magnético ou com chip, nem é necessário apresentar ao motorista do ônibus nenhum comprovante ou carteirinha. Você entra no ônibus ou no trem e senta, simplesmente. A forma de fiscalizar se as pessoas realmente usam o passe é a seguinte: enventualmente existe um fiscal a paisana (eu nunca vi) que pede para que todos mostrem seus passes ou ticktes válidos para aquela viagem. Caso alguém não possua e esteja andando de graça, além de passar por uma baita vergonha, pois dizem que o cara faz um estardalhaço, recebe uma multa de 40,00 euros. Não sei se acontece mais alguma coisa com o infrator, mas só pela vergonha já não vale a pena.

Quem utiliza o ticket diário é obrigado a carimbar o bilhete em uma máquina, dentro do automóvel, com a data e a hora de utilização. Depois de carimbado, é possível usar o transporte por mais uma hora e meia, sem que haja necessidade de pagar novamente. É nessa hora que é possível perceber que as pessoas, mesmo não sendo "obrigadas", pagam passagem.

Imagina se isso ia funcionar no Brasil, heim?!

quinta-feira, 19 de março de 2009

Questão de Prioridade

Um berve comentário sobre prioridades: antes meu sonho de consumo era colocar silicone (não que tenha deixado de ser, apenas acho que pode esperar um pouco), hoje meu sonho de consumo virou um aspirador mega potente que eu possa passar em pé, sem ter que me abaixar.

Isso só comprova o quanto nossas prioridades mudam ao longo dos anos... ou de acordo com a situação e nossas necessidades!

Mas, como não mudamos assim tão rápido e drasticamente, sapatos, bolsas e cosméticos continuam me desviando do meu caminho original.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Supermercado

Ir ao supermercado aqui é uma grande lição. Não somente de alemão, é também uma lição de ecologia e cidadania, além é claro, de economia, mas isso é em qualquer parte do mundo.


Quando se vai ao supermercado por aqui deve-se, em primeiro lugar (para compras maiores) reservar uma moedinha de 1,00 euro. Isso porque todos os carrinhos ficam presos uns aos outros, e são liberados somente com uma moedinha, que é devolvida quando o colocamos no lugar certo novamente. Está é a aula de cidadania. Não existe carrinho de supermercado ocupando as vagas dos veículos. Nem um "gurizinho" responsável por recolher os carrinhos que os clientes insistem em espalhar pelo estacionamento.


Agora vamos a aula de ecologia, creio que seria a mais fácil de aplicar no Brasil, pois afeta o bolso diretamente. Os supermercados, mercadinhos e afins, não fornecem sacolinhas plásticas! Sim, ou nós levamos de casa algumas sacolas que separamos para os dias de irmos fazer as compras ou, quando esquecemos, colocamos os produtos espalhados no porta malas. Isso porque se quisermos sacolinhas o supermercado disponibiliza ao custo de 0,10 euros. Dai já viu, né?! Se toda vez que formos ao super comprarmos as sacolinhas... As pessoas costumam carregar sacolas de tecido, cestinhos, carrinhos pequenos, enfim, qualquer coisa que torne possível levar para casa o que se comprou, sem gastar nem poluir.

Outra idéia super bacana e que também poderia ser facilmente aplicada por ai é a devolução das garrafas PET e de algumas garrafas de vidro. Toda a coca-cola e água mineral que bebemos pagamos cerca de 0,25 euros por garrafa, dependendo do tamanho. Se levarmos as garrafas vazias de volta ao supermercado, ganhamos um vale que pode ser descontado nas compras. Ou seja, nos tornamos responsável pelo que compramos e para que o nosso resíduo tenha um destino correto. Além disso, quem revende também é responsável por recolher e entregar ao fabricante, que é o responsável pela reciclagem ou reuso do material. A cadeia do reaproveitamento funciona!

Fica aí a dica. Quem sabe em um futuro próximo também poderemos usufruir deste tipo de "benefício".

quinta-feira, 12 de março de 2009

Primeiro Dia de Aula

Como para tudo o que é novidade, estava bastante ansiosa por este dia. Tanto para ter alguma atividade que não a doméstica, quanto para conhecer pessoas.

Mas acho que primeiro dia de aula é igual em qualquer canto do mundo, para qualquer língua. Principalmente em cursos para estrangeiros. E aqui não seria diferente, a manhã passou entre apresentações, joguinhos para conhecer os colegas (daqueles bem bobinhos), um pouco de timidez e, é claro, muitos sotaques diferentes.

Tenho colegas de diversas partes do mundo e, por incrível que pareça, a maioria não é asiático. Tem gente de todo canto, Rússia, Itália, França, Argentina (sim, eles também estão por aqui!), Irã (eu acho que foi isso que ele disse) e, além de mim, mais duas colegas brasileiras. Uma delas de Fortaleza, outra de Belo Horizonte.

A turma é bem grande, em torno de 20 pessoas mais ou menos, e tem gente de todas as idades e as mais variadas razões para estarem ali. Das brasileiras, uma casou com um alemão e quer vir morar aqui, então precisa prestar uma prova de conhecimentos básicos da língua (eu prestei esta prova para o visto também) e a outra é Au Pair e veio ficar mais perto do namorado, holandês. Conversei também com as duas meninas russas. Uma delas está aqui acompanhando a mãe que está em tratamento médico. A outra conhece o Brasil (Rio e São Paulo, lógico), pois esteve lá a pouco tempo atrás. Adorou o Rio e odiou São Paulo. Acho que isso é unânime!

A aula foi super tranquila e como entrei no módulo inicial, o conteúdo também está bem acessível.

Quando estudamos no nosso país, normalmente as pessoas tem semelhantes objetivos, nivel social, cultural e financeiro. Neste tipo de curso o interessante é que vemos a diversidade que existe no mundo. Pessoas diferentes, com costumes diferentes, roupas diferentes, sotaques diferentes e dificuldades diferentes. Acho que esta é a parte que, ao menos no início, mais irá agregar valores para a minha vida.

terça-feira, 10 de março de 2009

Um pouquinho de cultura (inútil?)

Não é só de trabalho ou tarefas domésticas que estamos vivendo por aqui. Também tem várias partes boas, uma delas são os passeios.
Neste final de semana conhecemos o Castelo de Schwetzingen (foto abaixo), uma cidade muito lindinha e que temos ido com frequência pois é bem próxima a nossa.

Um pouquinho de informações gerais:
- Schwetzingen é uma cidade de aproximadamente 22.000 habitantes, a aproximadamente 10 km de Mannheim e de Heidelberg (a qual falarei mais tarde);
- O castelos de Schwetzingen é bastante conhecido pois emoldurou a "Era de Ouro", quando o Eleitor-Palatino Carl Theodor ampliou o castelo e o transformou em sua residência de verão;
- Erguido no século 14, o propósito inicial do castelo era de servir de fortaleza. Por isso, acabou passando por diversas destruições e reconstruções até Carl Theodor;
- O enorme jardim do Castelo segue os estilos francês e inglês combinados. É impossível conhecer em apenas um dia, ainda mais um dia de frio.
Para entrar no jardim e no castelo, é necessário comprar entradas, que podem ser ou só para o jardim ou só para o interior do castelo. Resolvemos aproveitar e conhecer as duas partes e tivemos que desembolsar 6,00 euros por pessoa.
Os jardins são realmente magníficos. É uma área muito grande, achei a informação (não sei se é verdadeira) de que chegam a 70 hectares. Espalhados por esta área, existem diversos prédios e templos, dos quais só conseguimos ver dois: uma mesquita Turca (foto abaixo), onde o jardim era usado para apresentações ao ar livre, e a Orangerie, que servia para o cultivo de árvores citricas e para a proteção de árvores de pequeno porte. Como o tempo não estava dos melhores, frio e chuvoso, pretendemos voltar na primavera para visitar apenas os jardins. Sem dúvida dá para ficar por lá um dia inteiro, mas quando estiver mais quentinho.

A parte interna do castelo que nos decepcionou um pouco. São permitidas apenas visitas guiadas, portanto, só podemos passar pelos ambientes que guia nos levou. Conhecemos apenas a área mais íntima da nobreza, que seria o dormitório, composto por diversos espaços. A visita era toda em alemão, mas recebemos um polígrafo em inglês para podermos acompanhar o que se passava em cada ambiente. Os espaços eram bem pequenos em relação ao tamanho do castelo, o que se explica devido ao número de pessoas que se mudavam junto com a nobreza todos os verões: 1500. O castelo era considerado pequeno e sem muito luxo, e muitos dos móveis possuiam múltiplas funções, como mesas que viravam camas a noite (fiquei pensando para que tanta mesa durante o dia!).
É interessante conhecer a história da família pois assim conseguimos entender um pouco de como as coisas funcionavam naquela época. Como já mencionei, o castelo servia de residência de verão de Carl Theodor e sua esposa Elisabeth Augusta. Além de casados, eles também eram primos, e estavam com o casamento arranjado desde crianças. Sabendo isso, é fácil entender porque eles possuiam quartos separados e, aparentemente, pouco se viam ao longo do dia.
Ambos aposentos possuiam praticamente a mesma distribuição e eram compostos, basicamente, de ante-sala, dormitório, sala de estudos, que também servia de sala de banho, e uma sala de conferência, onde eram realizadas reuniões e também jogos de carta e xadrez. Na área destinada a Elisabeth, além dos ambientes já mencionados, havia uma área especialmente para se vestir, outra para confecção, conserto e cuidados com suas roupas, uma área para arrumar o cabelo, uma sala de chá e uma pequena biblioteca, além de uma sala para encontros privados, em que apenas ela possuia a chave.
Ela era 4 anos mais velha que ele, e possuia uma personalidade bastante forte e autoritaria, participava de reuniões políticas importantes. Segundo o que constava no polígrafo da visita, o casamento levou anos para ser consumado, mas Elisabeth possuia diversos amantes, entre eles seu "step-brother" (meio-irmão que não é parente de sangue).
Já Carl Theodor, ficou conhecido como o patrono das ciências e das artes. Passava grande parte de seu tempo estudando, falava diversos idiomas, e se preocupou em promover a cultura entre o seu povo, recebeu neste castelo a visita de Voltaire e de Mozart, entre outros.
O mais engraçado da visita é que mais parecia uma revista de fofocas da realeza do que algo realmente histórico. Pouco se falou dos hábitos e costumes do povo daquela época, de porque eram necessários tantos empregados se eram apenas dois nobres, de como e porque o prédio passou de fortaleza a castelo, enfim, coisas que nos fariam entender um pouco mais sobre a história geral da Alemanha. Ou talvez eu tenha perdido ou não tenha entendido esta parte do polígrafo, vai saber.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Não é só panela velha que faz comida boa!!!

Como as minhas aulas só começarão dia 12 de março, tenho aproveitado este período para aprender sobre as rotinas domésticas.


É muita informação para assimilar: uma casa dá trabalho! Não que eu esteja virada em uma completa Maria, mas tenho tentado deixar tudo em ordem.


Mas o que mais me animou nos últimos tempos foi a cozinha. No início eu tinha até um pouco de medo, achava que era tudo muito mirabolante e complicado, que essa coisa de cozinhar não era pra mim. Primeira experiência: frango com purê de caixinha (tudo muito complexo, as instruções do purê estavam em alemão!). Aprovado!!! Nada que um bom livrinho de receitas e o google não resolvam.


Depois disso já consegui fazer alguns pratos mais elaborados. Até empadão eu fiz. A massa e tudo! Eu sei que ninguém vai acreditar, pois eu não colocava o pé na cozinha de jeito nennhum. Mas a necessidade muda a vida da pessoa. Na falta da mamãe, tive que me virar.



E pra quem não acredita, segue a foto do empadão quase pela metade, que foi quando eu me lembrei de registrar o momento. Na foto ele não está tão bonito quanto estava gostoso!!!











quarta-feira, 4 de março de 2009

Demorô!

Bom gente, finalmente tive paciência em pesquisar como se faz um Blog! Confesso que nunca me interessei pelo assunto e pensava que nunca precisaria usar este recurso.

Pois eu estava enganada! Quando se está longe o que mais queremos é saber se outras pessoas já passaram por situações semelhantes as nossas, mesmo que sejam em lugares diferentes.


Então, vamos desde o início. Estou na Alemanha desde o dia 19/02, uma quinta-feira, data em que também completava 2 meses de casada (que romântico!). Destes dois meses, um ficamos separados, mas tudo bem, era por uma boa causa.


Eu não fazia idéia de como a mudança drástica de clima me afetaria. Eu simplesmente não tinha vontade de sair pra rua. Saí do calor de mais de 30 graus em Porto Alegre, onde estava suando para fazer as malas, e chego aqui com uma temperatura beirando o zero graus. Parecia que eu ia virar picolé, doía até o branco dos olhos! Felizmente este frio (que pra eles já nem era tão grande), durou apenas uma semana. Mas valeu um casaco novo!

Nesses 14 dias de nova morada, aconteceram algumas coisas engraçadas e outras nem tanto. Na nossa primeira ida ao supermercado, além de estar completamente perdida e comprando os produtos confiando na foto da embalagem, vejo uma criança sentada no carrinho enquanto a mãe entregava alguma coisa para ela ir comendo. Fiquei observando porque, normalmente, as crianças comem coisas gostosas, guloseimas, etc. Não é que me deparo com uma criança comendo uma salsicha em pleno supermercado!!! Nunca imaginei ver esta cena. Outra coisa que aconteceu, mas desta vez não tão engraçada, foi o dia em que me perdi. Peguei um ônibus errado e acabei parando em uma outra cidade, nem tão pertinho da minha. Por sorte, tinha um rapaz na parada que falava inglês (não, não é todo mundo que fala inglês como eu imaginava) e me indicou o ônibus certo.


Bom, por hoje é isso.