sexta-feira, 29 de maio de 2009

Obst, ou seja, frutas

Se tem uma coisa que aqui não tem como no Brasil são as frutas. Frutas de todos os tipos: ácidas, doces, mais calóricas... E isso com certeza estou sentindo bastante falta. Sinto falta de uma maçã bem docinha, de uma bergamota com muito cheiro, de uma manga bem suculenta e de uma melancia geladinha (hummmmm, só de me lembrar me dá água na boca).
Claro que aqui existem todas estas frutas que mencionei e inclusive outras, mas são importadas, caras, sem cor e nem sabor. Acho que por terem que ser transportadas, elas são colhidas antes da hora, sei lá. Aí as frutas são verdes e acabam estragando antes de amadurecer.
Tenho tentado buscar alternativas na feira que tem aqui pertinho de casa. Lá consigo encontrar frutas saborosas que são trazidas de diversas partes da Europa. Compro kiwi, geralmente da França ou da Holanda, maçã, acho que alemã, laranja da Espanha.... Enfim, vou experimentando até encontrar as que mais se parecem com as da terrinha. O preço é um pouco mais salgado que no super, mas a qualidade é maior também.
Já até tentei experimentar comprar no supermercado, mas não fui muito feliz. As mesmas frutas são mais ácidas e sem sabor. A única fruta que é possível comprar no super é a banana. Essa até vai, mas só tem de um tipo também. Nada de banana catarina, banana prata, banana caturra. Tenho que ficar feliz por existir banana!
Mas se tem uma fruta que ninguém consegue bater os alemães essa com certeza é o morango. Eu tiro meu chapéu para os morangos daqui. Em qualquer lugar que se compre são docinhos, bem vermelhinhos e, se comparados aos nossos, enormes! E nesta época do ano, são vendidos até na estrada. São colocadas umas barraquinhas ao lado das plantações e pode-se ou comprar os morangos já colhidos ou tu mesmo ir escolher, direto no pé. Ainda não tive esta experiência, mas com certeza ainda vou tentar.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Cortar o cabelo é simples

Pois é, após mais de três meses, não tinha mais como adiar. Havia chegado a hora de cortar o cabelo!
Não que eu quisesse fazer um corte muito diferente, com grandes mudanças de cor, comprimento, mas explicar para a cabelereira que eu queria cortar só as pontas em alemão, ainda é uma tarefa complicada. Não tive ainda esta matéria na escola... hehehehe
Outra coisa que me assustava bastante eram os cortes das outras pessoas. Por aqui o pessoal gosta de ser, digamos, diferente. Mas acabam ficando uns iguais aos outros, não pelo mesmo corte, mas na tentativa de chocar.
Bom, consegui ir ao cabelereiro, cortar só as pontinhas e sair sem secar o cabelo, como sempre fiz no Brasil. Minha ex-cabelereira já estava acostumada com o fato de eu não secar os cabelos, exceto no inverno. Mas aqui o pessoal achou realmente muito estranho, e a cabelereira não acreditou que eu ia sair de cabelo molhado... Fazer o que, eu detesto secador!

Ah, o verão...

Finalmente o verão chegou. E estava fazendo muita falta!
Agora senti que realmente poderei usar minhas roupas do verão brasileiro, quando elas estiverem aqui comigo, é claro.
Com a mudança do clima, mundam os ânimos também. As pessoas ficam mais dispostas a ajudar, não se importam tanto com o fato de tu estar tentando falar uma outra língua e até sacham graça, incentivando. Só para constar, me incluo no grupo de pessoas mais dispostas.
No domingo conhecemos um dos muitos lagos artificiais que existem por aqui. São lagos de onde é tirado areia e com isso o lençol freático sobe, formando o lago artificial. Não sei o nome certinho, mas trata-se de um parque, com infra-estrutura para acampamento, tanto de barracas quanto de pequenas casinhas de veraneio, ou para simplesmente se passar o dia. Pode-se fazer churrasco e lanches, como também ir ao restaurante. O local é bem bonito e o clima propício para a prática de esportes. Passamos o dia caminhando, jogando vôlei (ou melhor, tentando), passeando, comendo (claro!) e no final da tarde, um carteado.
Não tive coragem de entrar na água, primeiro porque não tinha biquini (vou ter que comprar um modelo europeu...ui!) e segundo porque a água é mujito gelada, e mesmo com o dia não foi suficiente para aquecer o lago.
Foi um dia excelente e com certeza iremos voltar lá. Afinal de contas, o verão está apenas começando!!!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

O Tempo

Certamente o tempo por aqui passa de uma maneira diferente. Os dias paressem semanas e as semanas meses. Sai do Brasil a quase três meses mas para mim parece que tanta coisa mudou e que, ao mesmo tempo, está tudo na mesma. É uma sensação difícil de explicar.
Uma vez li em um e-mail que sempre que estamos em um local novo, o cérebro precisa "ler" todas as informações a sua volta. Por isso, parece que os dias são imensos. Quando andamos em locais conhecidos, chegamos inclusive a ignorar pequenas mudanças.
É o que acontece quando aprendemos a dirigir. Parece que não iremos dar conta de fazer tudo o que é preciso: mudar de marcha, dar sinal de luz, olhar pelo retrovisor. E quando nos damos conta não lembramos mais nem se trancamos o carro, de tão corriqueiro que esse ato se tornou.
Mudar é bom, oxigena o cérebro e é estimulante. Mas a rotina é acolhedora e segura!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Castelo da Cinderela e München

Dia primeiro de maio também foi feriado por aqui, isso significa que aproveitamos o tempo para conhecer um pouco mais dessa terrinha gelada (a primavera parece não gostar muito daqui!).

Normalmente saimos com hotel marcado e com um plano sobre o que faremos, onde iremos, além de uma breve explicação sobre qual a importância daquele local. Dessa vez saimos sem roteiro. Basicamente por duas razões: a primeira é que não consegui achar nenhum hotel com vaga, e segundo porque estava literalmente de saco cheio e sem a menor vontade de marcar, pesquisar e organizar nada.
A falta de vontade de fazer qualquer coisa não tem nenhuma explicação lógica e clara, mas cheguei a conclusão que: a falta de sol + não entender o que as pessoas falam + muito tempo sozinha = SACO CHEIO! Também sei que é uma coisa passageira, e que certamente irá acontecer outras vezes. Ainda bem que o marido tem paciência para me aguentar e otimismo para dizer que as coisas tendem a melhorar.

Mas voltando ao nosso passeio. Saimos na sexta pela manhã em direção a Füssen, uma cidadezinha turística com muitas pousadas no extremo sul da Alemanha. Como a viagem demorou mais de 3 horas, sexta ficamos conhecendo a cidade, que não é muito grande. No sábado, fizemos uma visita ao castelo de Neuschwanstein, que simboliza o poder, a glória e a riqueza do antigo reino da Baviera. Este castelo inspirou o famoso palácio da bela adormecida, uma das obras mais aclamadas de Walt Disney. Na verdade, cada detalhe do castelo da história foi copiado do Neuschwanstein, que em português significa “Novo cisne de pedra'', uma homenagem do rei Ludvig II aos cavaleiros de seu reino. Quando era apenas o herdeiro do trono, por volta dos 10 anos de idade, o príncipe Ludwig foi levado pelo pai até o alto das montanhas onde o castelo se localiza e, de algum ponto, observou o penhasco e ficou fascinado. O príncipe, então, fez um juramento: ''quando eu for rei, vou construir ali um castelo." O sonho foi realizado, mas o rei Ludwig II jamais entrou no Neuschwanstein. Ele morreu afogado num lago, alguns anos antes da conclusão da obra. Realmente é um lugar encantador e com vistas deslumbrantes. O que atrapalha são os turistas.


"Castelo da Cinderela" - Vista do pé da montanha

Após a visita do castelo, fomos direto a München, que fica a mais ou menos 1 hora de Füssen. A primeira coisa que fizemos foi almoçar e, é claro, procuramos um restaurante no centro para conhecermos o máximo de coisas possível. Infelizmente estávamos sem mapa e nem roteiro neste dia, e ainda tinhamos que procurar um hotel (jornada nada fácil em um fim de semana prolongado). E ainda por cima levamos uma multa por estacionar em local proibido. O nosso consolo foi que todos os outros carros levaram multa também, inclusive os de München. Ou seja, não fomos os únicos que não entenderam a placa. Os próprios alemães não se entendem!!!


Placa de onde fomos multados! (Werktags = dias de semana )


Acabamos conseguindo lugar em um hotel próximo a München, com um preço razoável e confortável. Passamos a noite lá e no dia segunte voltamos ao centro. Encontramos um local aberto e que tinha uns mapinhas da cidade a venda. Foi a nossa salvação, pois conseguimos descobrir o que era tudo aquilo que havíamos visto no dia anterior. Claro que com o tempo que tinhamos, visitamos os locais apenas pelo lado de fora. Mas já foi super legal, pois nos deu uma idéia do que ainda teremos que visitar qualquer final de semana destes. E antes de voltarmos para casa passamos no Estádio Allianz Arena, que muito eu já tinha visto em sites e em revistas de arquitetura.



Estádio Allianz Arena - München