terça-feira, 10 de março de 2009

Um pouquinho de cultura (inútil?)

Não é só de trabalho ou tarefas domésticas que estamos vivendo por aqui. Também tem várias partes boas, uma delas são os passeios.
Neste final de semana conhecemos o Castelo de Schwetzingen (foto abaixo), uma cidade muito lindinha e que temos ido com frequência pois é bem próxima a nossa.

Um pouquinho de informações gerais:
- Schwetzingen é uma cidade de aproximadamente 22.000 habitantes, a aproximadamente 10 km de Mannheim e de Heidelberg (a qual falarei mais tarde);
- O castelos de Schwetzingen é bastante conhecido pois emoldurou a "Era de Ouro", quando o Eleitor-Palatino Carl Theodor ampliou o castelo e o transformou em sua residência de verão;
- Erguido no século 14, o propósito inicial do castelo era de servir de fortaleza. Por isso, acabou passando por diversas destruições e reconstruções até Carl Theodor;
- O enorme jardim do Castelo segue os estilos francês e inglês combinados. É impossível conhecer em apenas um dia, ainda mais um dia de frio.
Para entrar no jardim e no castelo, é necessário comprar entradas, que podem ser ou só para o jardim ou só para o interior do castelo. Resolvemos aproveitar e conhecer as duas partes e tivemos que desembolsar 6,00 euros por pessoa.
Os jardins são realmente magníficos. É uma área muito grande, achei a informação (não sei se é verdadeira) de que chegam a 70 hectares. Espalhados por esta área, existem diversos prédios e templos, dos quais só conseguimos ver dois: uma mesquita Turca (foto abaixo), onde o jardim era usado para apresentações ao ar livre, e a Orangerie, que servia para o cultivo de árvores citricas e para a proteção de árvores de pequeno porte. Como o tempo não estava dos melhores, frio e chuvoso, pretendemos voltar na primavera para visitar apenas os jardins. Sem dúvida dá para ficar por lá um dia inteiro, mas quando estiver mais quentinho.

A parte interna do castelo que nos decepcionou um pouco. São permitidas apenas visitas guiadas, portanto, só podemos passar pelos ambientes que guia nos levou. Conhecemos apenas a área mais íntima da nobreza, que seria o dormitório, composto por diversos espaços. A visita era toda em alemão, mas recebemos um polígrafo em inglês para podermos acompanhar o que se passava em cada ambiente. Os espaços eram bem pequenos em relação ao tamanho do castelo, o que se explica devido ao número de pessoas que se mudavam junto com a nobreza todos os verões: 1500. O castelo era considerado pequeno e sem muito luxo, e muitos dos móveis possuiam múltiplas funções, como mesas que viravam camas a noite (fiquei pensando para que tanta mesa durante o dia!).
É interessante conhecer a história da família pois assim conseguimos entender um pouco de como as coisas funcionavam naquela época. Como já mencionei, o castelo servia de residência de verão de Carl Theodor e sua esposa Elisabeth Augusta. Além de casados, eles também eram primos, e estavam com o casamento arranjado desde crianças. Sabendo isso, é fácil entender porque eles possuiam quartos separados e, aparentemente, pouco se viam ao longo do dia.
Ambos aposentos possuiam praticamente a mesma distribuição e eram compostos, basicamente, de ante-sala, dormitório, sala de estudos, que também servia de sala de banho, e uma sala de conferência, onde eram realizadas reuniões e também jogos de carta e xadrez. Na área destinada a Elisabeth, além dos ambientes já mencionados, havia uma área especialmente para se vestir, outra para confecção, conserto e cuidados com suas roupas, uma área para arrumar o cabelo, uma sala de chá e uma pequena biblioteca, além de uma sala para encontros privados, em que apenas ela possuia a chave.
Ela era 4 anos mais velha que ele, e possuia uma personalidade bastante forte e autoritaria, participava de reuniões políticas importantes. Segundo o que constava no polígrafo da visita, o casamento levou anos para ser consumado, mas Elisabeth possuia diversos amantes, entre eles seu "step-brother" (meio-irmão que não é parente de sangue).
Já Carl Theodor, ficou conhecido como o patrono das ciências e das artes. Passava grande parte de seu tempo estudando, falava diversos idiomas, e se preocupou em promover a cultura entre o seu povo, recebeu neste castelo a visita de Voltaire e de Mozart, entre outros.
O mais engraçado da visita é que mais parecia uma revista de fofocas da realeza do que algo realmente histórico. Pouco se falou dos hábitos e costumes do povo daquela época, de porque eram necessários tantos empregados se eram apenas dois nobres, de como e porque o prédio passou de fortaleza a castelo, enfim, coisas que nos fariam entender um pouco mais sobre a história geral da Alemanha. Ou talvez eu tenha perdido ou não tenha entendido esta parte do polígrafo, vai saber.

2 comentários:

  1. Eu e o pai lemos. Lindas fotos *-*
    Interessante o castelo em si. Apesar das fofocas da realeza. Esperamos que tudo dê certo aí com vcs!
    Bjs-

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  2. Eu amo esta cidade schwetzingen, no momento estou aqui visitando minha sogra. Se você ainda mora perto pode comprar o cartão anual pois o valor dele vale a pena, porque então poderás visitar os jardins do castelo quando quiser, eu tenho o meu e praticamente todo dia estou lá dentro caminhando com minha york que já está amando aquelas graminhas verdinhas ao redor do castelo, e claro sempre com o saquinho para recolher as caquinhas que por ventura ela resolva fazer...kkkkk
    Boa Sorte!

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